Os vegetais contêm numerosas propriedades que resultam benéficas para os seres humanos. É por isso que é importante o seu consumo, uma vez que contêm uma grande quantidade de vitaminas, de minerais essenciais e de oligoelementos. Também contam com uma grande variedade de proteínas, de aminoácidos e de gorduras vegetais que fortalecem os músculos, os ossos e que melhoram a nossa qualidade de vida.

Também podemos ver que as verduras e os alimentos de origem vegetal estão integrados por diversos compostos químicos, conhecidos como fitoquímicos que, de acordo com a sua composição, podem contribuir no cuidado dos diferentes sistemas do nosso organismo. Esses fitoquímicos resultam benéficos para o coração, para o sistema cardiovascular, o coração e os pulmões, o sistema nervoso e suas terminações, assim como o cérebro, o sistema digestivo e o sistema hormonal e reprodutivo. Entre as plantas aptas para o consumo humano, encontramos as leguminosas, que contêm uma quantidade considerável de fitoquímicos que são favoráveis para o organismo e que têm um efeito positivo após o seu consumo. Nesta variada família, podemos incluir as lentilhas, os feijões, as favas ou a soja.

Genisteína: O Que é, Para Que Serve e Onde Encontrá-la

Especificamente, na soja, há um elemento presente denominado genisteína. Neste artigo, vamos te explicar o que é, para que serve e onde encontrá-la. Também vamos falar sobre suas propriedades e a importância de ter uma dieta que inclua a soja, para melhorar a nossa qualidade de vida.

O Que é a Genisteína?

A genisteína é um hormônio que está presente na soja. É um fitoquímico, pertencente à família das isoflavonas, que também podem ser encontradas no grão de bico. As isoflavonas têm atraído a atenção de médicos e de cientistas, denominando-as como fitoestrógenos. Isso significa que são consideradas como os estrogênios do reino vegetal. Lembre-se que o estrogênio é o hormônio natural feminino e é encarregado de regular os ciclos de ovulação e a consequente menstruação.

Ao consumir estas leguminosas, seja a soja ou, em menor medida, o grão de bico, a genisteína atua na corrente sanguínea. Chegou-se à conclusão de que sua eficácia inclusive pode chegar a controlar uma deficiência de estrogênio ou um excesso desse hormônio, de acordo com o caso. As mulheres que chegam a menopausa ou sofrem de síndrome pré-menstrual, onde há uma excessiva liberação de estrogênio, podem achar útil o consumo de genisteína, uma alternativa diante de uma complicada terapia hormonal, a qual em alguns casos pode resultar prejudicial ou perigosa para a saúde.

A genisteína estimula os receptores de estrogênio presentes nas células do corpo, mas ao mesmo tempo evita que o estrogênio produzido pelo organismo se adere a estes receptores em excesso; por isso, cria um equilíbrio dos níveis hormonais no organismo. Os estudos têm comprovado, também, que os níveis elevados de estrogênio podem estar vinculados com o aparecimento de várias formas de câncer. Como consequência, tem sido considerado usar de maneira regular a genisteína para reduzir o risco e bloquear os efeitos do estrogênio. Isto significa ter uma dieta rica em soja e em derivados desta. Da mesma forma, durante a menopausa, quando os níveis de estrogênio no sangue começam a descer, a genisteína, ao ter uma composição química semelhante à do estrogênio natural, pode compensar esta diminuição durante esta etapa da vida.

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Para Que Serve a Genisteína:

Se você é mulher saberá que, ao chegar a uma certa idade, o corpo deixa de produzir estrogênio e o nível de hormônio começa a diminuir de maneira natural. Esta mudança, somada a outros sintomas e características, se conhece como menopausa. O aparecimento da menopausa pode levar a irritabilidade, alterações de humor repentinas, estados de ansiedade, diminuição do apetite sexual, aumento da temperatura corporal, juntamente com ressecamento vaginal. Os cientistas descobriram que a genisteína atua de uma forma semelhante ao estrogênio, ajudando a reparar a ligação dos receptores celulares e melhorando estes sintomas tão característicos da menopausa.

Outro estudo descobriu que as mulheres que incluíam elementos como a soja ou outras leguminosas em sua dieta, tinham altos níveis de genisteína e que eram menos propensas a desenvolver câncer de mama. O estudo foi realizado por japoneses, analisando uma população de quase 20.000 mulheres idosas e de meia idade.

Por outro lado, diversos estudos têm demonstrado que a genisteína e sua presença no corpo podem contribuir para a redução do risco de contrair várias doenças, entre elas vários tipos de câncer, como o câncer de mama, o câncer de ovário, o câncer de próstata e o linfoma, ao inibir o crescimento das células linfoides. Também ajuda a prevenir as infecções causadas por bactérias do tipo estafilococos, ao se comprovar o seu efeito bactericida. Também, possui um efeito inibidor nas células do tecido adiposo, ajudando a controlar a obesidade. Nas mulheres que sofrem de osteopenia ou osteoporose, pode ter efeitos favoráveis e, da mesma forma, ajuda a reduzir os riscos de sofrer doenças cardiovasculares. A genisteína, por sua vez, pode ter um efeito benéfico sobre o fígado, prevenindo condições, como o fígado gordo e a esteatose hepática. Estudos determinaram seu efeito antiviral e pode resultar útil para combater infecções causadas por arenavírus e rotavírus. Também, é um conhecido vasodilatador, por isso é de grande importância sua ação sobre o sistema cardiovascular e para controlar a pressão arterial.

Onde Encontrar a Genisteína:

Como mencionamos anteriormente, a genisteína é um hormônio que se encontra presente nas leguminosas como a soja e o grão de bico, por isso recomenda-se ter uma dieta que inclua esses alimentos. O trevo vermelho é outra das plantas que também contém altos níveis de genisteína. Embora esteja comprovado que a genisteína atua de forma semelhante ao estrogênio e que contém várias propriedades e que tem estudados e analisados seus efeitos sobre o organismo, é recomendável que você consulte sempre um profissional médico e sempre escute primeiro os seus conselhos. Antes de iniciar um tratamento alternativo, o melhor é seguir a medicina tradicional e assim conhecer os efeitos benéficos e as contraindicações que podem trazer o início de um tratamento opcional para tratar alguma doença específica.