Em Saúde Dicas já nos ocupamos em muitas ocasiões de uma série de ervas e infusões especialmente úteis para combater a insônia, ajudando-nos a pegar no sono, descansar melhor, e inclusive nos auxiliando na luta contra a ansiedade e o estresse.
O Que É Passiflora?
A passiflora é uma planta que costuma ser utilizada por suas propriedades medicinais. Dela se costuma utilizar as partes que se encontram sobre o solo.
Os conquistadores espanhóis descobriram a passiflora no Peru em 1569, quando encontraram esta erva acreditaram que suas flores simbolizavam a paixão de Cristo, de modo que interpretavam como sua aprovação para suas explorações. A passiflora como a camomila, o lúpulo, o solidéu e a valeriana, é conhecida por seus efeitos relaxantes.
É uma planta que é utilizada para problemas de insônia, assim como para o tratamento de nervos e ansiedade que podem derivar de doenças gastrointestinais. Também serve para aliviar os sintomas associados com a síndrome de abstinência de medicamentos narcóticos.
Não são estes os únicos usos desta eficaz planta medicinal, que também atua sobre os sintomas da menopausa, assim como para aliviar convulsões e em casos de sofrer de asma ou histeria, nervosismo ou excitação. A passiflora também é recomendada para os casos de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), assim como para tratar os batimentos cardíacos irregulares, a pressão arterial elevada e a fibromialgia.
Outros usos da passiflora seria o tratamento de queimaduras, para aliviar a dor e inchaço ou para hemorroidas.
O extrato de passiflora também pode ser utilizado em alimentos e bebidas como um agente aromatizante.
A Eficácia da Passiflora:
A passiflora tem certamente muitos usos, mas não resulta igualmente eficaz para tudo que foi mencionado. Assim, podemos dizer que resulta eficaz em maior ou menor medida, dependendo de para que tomamos, sendo especialmente recomendada no caso de sofrer de insônia ou nervos.
A passiflora é muito eficaz quando tomada para:
Combater a ansiedade. Diz-se que tomar passiflora pode reduzir a ansiedade no mesmo nível que algumas drogas.
Aliviar os sintomas associados com a síndrome de abstinência. Os pacientes que sofrem de síndrome de abstinência de medicamentos narcóticos podem reduzir seus níveis de ansiedade e irritabilidade se combinar a planta medicinal com o medicamento chamado clonidina.
Aliviar os sintomas de um distúrbio psiquiátrico chamado "transtorno de ajuste com ansiedade". Se você tomar passiflora como parte de um produto de vários ingredientes que incluem espinheiro, carvalho e valeriana, de efeitos sedativos leves e a cavalinha e a Paulínia que tem efeitos estimulantes pode reduzir a ansiedade que provoca o referido transtorno.
É menos eficaz para:
- Problemas para dormir. Enquanto nos ajuda a dormir, não está comprovado que a passiflora reduz o número de vezes que você acorda à noite ou se sente melhor ao acordar pela manhã.
- Estômago nervoso.
- Queimaduras.
- Hemorroidas.
- Asma.
- Problemas cardíacos.
- Pressão arterial elevada.
- Convulsões.
- Fibromialgia.
- Outras condições.
Como Funciona a Passiflora:
A passiflora conta com uma série de substâncias químicas que influenciam o nosso organismo e ao tomá-la, podemos sentir efeitos calmantes, que induzem o sono e que aliviam os espasmos musculares.
Efeitos Colaterais da Passiflora
Se você toma passiflora, por via oral e por um período de tempo que não exceda um mês, não tem porque ter efeitos secundários, no entanto, se você prolongar sua ingestão, sim, pode sofrer alguns. Por outro lado, existem pessoas que depois de tomar esta planta medicinal indicam alguns efeitos como:
- Tontura.
- Confusão.
- Ação muscular e coordenação irregular.
- Estado de consciência alterado.
- Inflamação dos vasos sanguíneos.
Em casos mais extremos se apresentam náuseas, vômitos, sonolência, taquicardia e ritmo cardíaco anormal. Por outro lado, não se conhecem doenças ou efeitos secundários quando aplicada sobre a pele.
Advertências e Precauções Especiais:
Gravidez e lactação: A passiflora não é indicada para grávidas devido a certas substâncias químicas que poderiam produzir contração do útero. Quanto à lactação não se tem testes eficientes de que não seja recomendada, mas é melhor não tomá-la.
Cirurgia: A passiflora pode afetar o sistema nervoso de maneira que poderia fazer com que fossem aumentados os efeitos no cérebro da anestesia e outros medicamentos durante e depois a cirurgia. É aconselhável deixar de tomá-la pelo menos duas semanas antes da cirurgia.
Existem interações com medicamentos?
As interações da passiflora com outros medicamentos são moderadas e devemos ter cuidado quando se mistura com estes medicamentos:
Medicamentos sedativos (depressores do SNC). Ao produzir sonolência, a passiflora é um risco, se tomada com outros sedativos, já que produzirá uma maior sonolência.
Entre os medicamentos sedativos estão: pentobarbital, fenobarbital (Luminal), secobarbital, clonazepam, lorazepam , zolpidem, e outros.
Existem interações com ervas e suplementos?
Devido aos seus efeitos para combater a insônia e dado que produz sonolência, se tomarmos passiflora com outras ervas que têm as mesmas propriedades, como o cálamo, a papoula California, erva catnip, o lúpulo, o chijol, a kava, a erva de São João, o solidéu, a valeriana, erva-mansa e outras poderia aumentar muito a sonolência.
Existem interações com alimentos?
Não se conhece interação alguma com outros alimentos.
Que dose se utiliza da passiflora?
A dose que se costuma utilizar é por via oral e com as seguintes quantidades, dependendo do uso.
Para transtorno generalizado de ansiedade: Recomenda-se tomar 45 gotas diárias de extrato líquido. Também tem sido utilizada uma formulação de comprimidos de 90 mg/dia. Para reduzir os sintomas relacionados com a síndrome de abstinência de medicamentos narcóticos:
Recomendamos tomar 60 gotas de extrato líquido combinado com 0,8 mg de clonidina. Para mais informações sobre os usos da passiflora, recomendamos a leitura do artigo "Passiflora – Remédio de Passiflora para Perda de Peso".
Atenção, as sugestões encontradas nesse artigo não possuem base científica comprovada, sendo assim não devem ser substituídas, em hipótese alguma, por um tratamento médico convencional e/ou ao seguir essas sugestões, os sintomas ou condições a que esse artigo se propõem ajudar podem se agravar.