Muitas pessoas que sofrem de artrite, artrose e, inclusive, varizes têm manifestado o interesse em conhecer mais sobre a terapia com veneno de abelha e se é realmente um remédio eficaz para suas doenças ou se, pelo contrário, pode ser perigoso.
É importante saber primeiramente que a terapia com veneno de abelha (conhecida também como TVA) consiste no uso medicinal das picadas de abelha, com a qual se reduz a inflamação e fortalece o sistema imunológico do organismo.
É evidente que o veneno de abelha é eficaz no tratamento de determinados casos:
Embora se considere que a terapia de veneno de abelha é um tratamento de último recurso, é benéfico para as pessoas que não encontraram melhora com remédios naturais e outras terapias alternativas.
Neste sentido, as pessoas com esclerose múltipla têm relatado uma estabilidade crescente, além de menos fadiga e dor muscular, após a realização do tratamento. As pessoas afetadas pela artrite, reumatismo e artrose afirmam que a for e a inflamação diminuíram após as picadas. Também foi afirmado que diminui o tamanho dos nódulos reumatoides.
O veneno de abelha contém mais de 40 substâncias ativas, muitas das quais têm efeitos fisiológicos. O composto mais abundante é um anti-inflamatório chamado melitina. Esta substância faz com que o organismo produza cortisol, que é um agente do processo de cura do próprio organismo. Como anti-inflamatório, a melitina é 100 vezes mais potente do que a hidrocortisona.
Em um artigo recentemente publicado, é descrito que os experimentos têm demonstrado que a melitina pode diminuir a resposta inflamatória do organismo. Isto sugere que o veneno pode ser útil no tratamento de condições inflamatórias, como a artrite reumatoide.
Outros compostos com possíveis efeitos farmacológicos incluem apamina, que atua aumentando a transmissão nervosa; adolapin, que é anti-inflamatória e analgésica, e outros neurotransmissores, como noradrenalina, dopamina e serotonina, que estão envolvidas na depressão.
O uso mais estendido da terapia com veneno de abelha é o tratamento dos transtornos do sistema imunitário e inflamatório. Uma das utilidades mais promissoras é aliviar os sintomas de esclerose múltipla resistente ao tratamento.
Mais de 1.300 pessoas com esclerose múltipla têm fornecido testemunhos que apoiam o tratamento e afirmam que lhes ajudou a aliviar a fadiga e os espasmos musculares, assim como restaurar a estabilidade.
É extraída uma abelha de um frasco ou de uma colmeia com uma pinça e se coloca sobre a parte do corpo que deve ser picada. O ferrão deve permanecer dentro durante 10 ou 15 minutos. O número de picadas administradas em cada sessão e a frequência das sessões varia, dependendo da tolerância do paciente e da natureza do problema.
Para tratar a tendinite, um paciente pode precisar apenas de duas a cinco sessões de terapia, com duas ou três picadas por sessão. Tratar um problema mais crônico como a artrite pode requerer várias picadas por sessão, duas ou três vezes por semana e até durante três meses. Tratar uma esclerose múltipla requer um esforço prolongado (a terapia deve ser aplicada entre duas a três vezes por semana durante seis meses para que comece a funcionar).
Normalmente, o médico administra as injeções (desde 1 até 30 por sessão, dependendo da doença a ser tratada), uma vez ou duas vezes por semana. Não são utilizadas abelhas vivas. Em vez disso, o veneno é obtido de forma líquida e injetado sob a pele.
Obviamente, quanto mais picadas ou injeções precisem ser administradas mais tempo durará mais cada sessão de tratamento.
Nos chama a atenção que com o veneno de abelha estão sendo desenvolvidos, no momento, cremes faciais com o objetivo de combater rugas e inclusive o chamam de "botox natural". No entanto, sua eficiência ainda não está totalmente comprovada.
Leia também: "Tratamentos Para Rejuvenescer a Pele Com Veneno de Abelha".
Antes de começar o tratamento, o médico injeta no paciente uma forma fraca do veneno para verificar se provoca uma reação alérgica. Disporá de uma seringa com adrenalina perto no caso desta reação se produzir. Se o paciente é alérgico ao veneno, o tratamento não pode ser administrado.
A reação se produz, geralmente, dentro de 15 a 20 minutos. Estima-se que, provavelmente, até 2% da população pode ser alérgica ao veneno de abelha. Se tudo corre bem no teste, a abelha é aplicada diretamente à pele.
Pode ser utilizado gelo para anestesiar a área onde é aplicada a picada, e, em seguida, para aliviar a dor.
O tratamento com veneno não deve ser utilizado em pessoas com alergias, tuberculose, sífilis, gonorreia, diabetes dependente de insulina ou qualquer doença transitória grave.
Dor, coceira e inchaço são comuns no local da injeção ou picada. Também é preciso alertar as pessoas sobre as reações alérgicas anafiláticas graves. Alguns podem desenvolver massas nodulares ou úlceras nos locais de inoculação.
No entanto, parece que as complicações importantes são raras. Os efeitos colaterais mais comuns relatados pelos pacientes é a coceira, observada em 80% dos casos após a primeira sessão. No entanto, após 12 sessões, apenas 40% ainda sentem coceira.
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