A terapia de quelação é um tratamento intravenoso destinado a eliminar os metais pesados do corpo, a fim de tratar sua toxicidade.
Seus defensores afirmam que pode ser considerado um remédio para a doença das artérias coronárias e outras doenças que podem ser associadas à lesão induzida pelos radicais livres.
Se a exploração preparatória sugere uma situação que pode ser melhorada através de terapia de quelação e não existe nenhuma razão de saúde pela qual não se possa utilizar, é possível iniciar o tratamento. Normalmente, o paciente se encontra em uma área confortável, por vezes em grupos, e se coloca uma via endovenosa. Administra-se uma solução com EDTA junto com vitaminas e minerais adaptados para cada paciente.
A maioria dos tratamentos dura entre três a quatro horas, durante as quais, a infusão deve ser administrada lentamente para que seja segura. O número de tratamentos recomendados varia entre 20 e 40, e são administrados entre uma e três vezes por semana.
Os tratamentos de manutenção podem ser iniciados a uma taxa de uma vez ou duas vezes por mês. Os benefícios máximos se apresentam aproximadamente depois de três meses de tratamento. A vitamina C intravenosa e a terapia de quelação de mercúrio também podem ser associadas.
A seguir detalhamos os prós e contras da quelação de forma tal que nos permita tomar uma decisão se convém ou não usá-la de acordo com o estado de saúde do nosso organismo.
Se uma pessoa quer se submeter à terapia de quelação, é preciso obter previamente uma história clínica completa e uma exploração física para definir o tipo e a extensão do problema clínico. É preciso realizar testes de laboratório para determinar se existe algum transtorno que possa contraindicar o uso da quelação.
Os pacientes com hipocalcemia previa, má função hepática ou renal, insuficiência cardíaca congestiva, hipoglicemia, problemas de coagulação do sangue, tuberculose ou doenças alérgicas têm um maior risco de complicações devido à terapia de quelação. É possível realizar um ultrassom Doppler para determinar a adequação do fluxo sanguíneo em diferentes áreas do corpo.
Os benefícios da quelação com EDTA (ácido dimetilamidacético) para o tratamento do envenenamento por chumbo e os níveis excessivamente elevados de cálcio não são discutidos.
No entanto, as indicações de benefícios para as pessoas que sofrem de aterosclerose, doença arterial coronariana e outras doenças degenerativas são mais difíceis de provar.
Usos de terapia de quelação têm sido descritos para o tratamento de angina, gangrena, artrite, esclerose múltipla, doença de Parkinson, psoríase e doença de Alzheimer.
Por outro lado, as pessoas que experimentaram uma diminuição da visão, audição, olfato, coordenação e potência sexual melhoraram depois de se submeter à terapia de quelação.
Os efeitos colaterais da terapia de quelação são incomuns, mas ocasionalmente podem ser graves. As reações leves incluem, mas não se limitam a isso, irritação local no lugar da infusão, reações cutâneas, náuseas, dor de cabeça, tonturas, hipoglicemia, febre, cãibras nas pernas ou fezes líquidas.
Algumas das complicações mais graves descritas são hipocalcemia, lesão renal, diminuição da capacidade de coagulação, anemia, lesão de medula óssea, choque de insulina, tromboflebite com embolismo e, inclusive, raros casos de morte.
No entanto, alguns médicos tem a sensação de que estas últimas complicações se apresentavam antes do desenvolvimento do método de terapia de quelação mais seguro do que se usa atualmente.
É importante para as pessoas que recebem uma terapia de quelação trabalharem com o pessoal médico experiente.
Não deve ser realizada sem ter feito uma boa avaliação física, do estilo de vida, da histórico e testes de laboratório. O profissional deve dispor dos resultados dos testes e responder a quaisquer perguntas que possam surgir a partir do paciente.
A avaliação do tratamento deve ser individualizada e incluir uma avaliação da função renal antes de cada tratamento com agentes quelantes, já que os metais captados pelo EDTA são excretados através dos rins.
Embora o EDTA se uma aos metais tóxicos e nocivos, como mercúrio, chumbo e cádmio, também pode estar associado com alguns nutrientes essenciais do corpo, como cobre, ferro, cálcio, zinco e magnésio. Durante a quelação, grandes quantidades de zinco são perdidas.
A deficiência deste elemento pode alterar a função imunitária e causar outros efeitos prejudiciais. Costumam ser administrados suplementos de zinco aos pacientes submetidos à quelação, mas não se sabe se isto é adequado para evitar sua deficiência. Além disso, a terapia de quelação não substitui uma nutrição adequada, exercício e medicamentos ou cirurgia indicada para doenças específicas.
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