Muitas pessoas têm perguntado recentemente se existem remédios para o vírus do papiloma humano que sejam naturais.
Para responder a esta pergunta, é importante conhecer primeiro sobre este vírus e seu modo de transmissão.
Existem muitos tipos de infecções que são transmitidas por via sexual, como gonorreia, sífilis, herpes genital, AIDS, mas, talvez, uma das mais conhecidas seja a do vírus do papiloma humano (HPV), ou papiloma vírus, já que está vinculado ao desenvolvimento das lesões precursoras do câncer cervical.
No mundo, a frequência da infecção pelo vírus do papiloma humano (HPV) em mulheres é de 20%, sendo mais frequente em países subdesenvolvidos e em desenvolvimento.
O vírus do papiloma humano é transmitido principalmente por via sexual, embora também possa ser transmitido de mãe para filho no momento do nascimento.
A taxa de transmissibilidade (infecciosidade do vírus) é a maior de todas as infecções sexualmente transmissíveis, acima do HIV, especialmente em mulheres jovens e no inicio das relações sexuais.
No ano em que iniciam as relações sexuais, seis de cada dez mulheres tiveram contato com o vírus, embora não tenham desenvolvido a doença, e em dois anos, são oito em cada dez mulheres sexualmente ativas.
O HPV está relacionado com 100% doscânceres cervicais, com 90% dos cânceres de ânus, com 40% dos cânceres de vulva, vagina e pênis, e 12% dos orofaríngeos. Além disso, é a causa da maioria das verrugas genitais. Também tem ligações com a displasia cervical.
Existem diferentes tipos de HPV, mas os mais oncogênicos, ou seja, aqueles que têm mais potencial para causar o câncer cervical são o 16 e o 18.
Quando se produz a infecção e o vírus entra em contato com o organismo, o seu material genético se integra na célula hospedeira e produz uma lesão que afeta a camada mais superficial do revestimento do colo uterino (epitélio escamoso).
Para diagnosticar esta lesão (neoplasia cervical intraepitelial de tipo I), é preciso realizar a biópsia do colo do útero. Esta lesão não é pré-cancerosa; na verdade, 90% das neoplasias cervicais intraepiteliais de tipo I regridem espontaneamente entre 18 e 24 meses após a infecção, e apenas 10% evolui em um prazo médio de 15 anos, para lesões mais avançadas, que já, sim, são consideradas lesões pré-cancerosas e devem ser tratadas, para que não terminem em um câncer de colo uterino e posteriormente em um câncer invasivo.
É importante observar que 10% das mulheres em que não se consegue eliminar o vírus, parece que há uma predisposição genética ao não poder resolver a infecção, mas sem dúvida, quanto mais jovem é a mulher no inicio das relações sexuais, mais imaturo é o revestimento do colo do útero e isto facilita a penetração viral até as camadas mais profundas.
Entre os fatores de risco para a infecção pelo HPV, está não apenas o início precoce das relações sexuais, mas também outros fatores importantes:
É importante salientar que os remédios para o vírus do papiloma humano (HPV) aqui expostos complementares ao tratamento médico e, a seguir, são detalhados.
Leia também: "Tudo Sobre o Vírus do Papiloma Humano (HPV)".
Recomendações Preventivas: Prevenir o vírus é o melhor remédio ou, em caso de infecção, evitar a sua evolução é ainda mais fácil seguindo estas recomendações:
Usar preservativo. O HPV é transmitido pelo contato, por fricção da pele (sem a intervenção dos fluídos sexuais) durante as relações. O uso do preservativo reduz a probabilidade de infecção, com uma proteção de cerca de 70%. Embora você deva levar em conta que outros tipos de contato genital sem penetração (como contato oral, manual e genital) podem causar uma infecção pelo HPV, já que os homens infectados podem ter pequenas "verrugas" debaixo dos pelos pubianos. Ao entrar em contato com essa área (não protegida pelo preservativo) você pode ser infectado. Lembre-se disso, especialmente, se você não tem um parceiro fixo, já que o fato de haver tido um elevado número de parceiros sexuais, assim como um inicio precoce nas relações e um deficiente estado do sistema imunológico, são fatores de risco para um possível contágio.
Visite regulamente o ginecologista no caso da mulher. Este vírus não apresenta sintomas e, por isso, as visitas regulares ao ginecologista resultam imprescindíveis para diagnosticar a infecção. Realizar citologias de forma periódica – a cada um, dois ou três anos - é essencial o diagnóstico. De fato, mais de 60% das mulheres que desenvolvem câncer cervical não haviam se submetido a este exame. O ginecologista também pode decidir realizar um exame genético (analisando o DNA), que detecta melhor o vírus em mulheres mais velhas, embora este exame seja menos confiável em mulheres jovens.
Tomar vacina. A vacina contra o HPV é a primeira vacina que existe contra um tipo de câncer. Mas é essencial compreender que se trata de uma vacina preventiva e não terapêutica.
É muito importante levar em conta que a vacina não deve substituir as outras medidas de prevenção, como o uso do preservativo e as citologias periódicas, já que a vacina reduz muito a possibilidade de sofrer um câncer, mas não a elimina (há 30% de cânceres causados por tipos virais não cobertos pela vacina).
O momento mais adequado para vacinar nas meninas é a pré-adolescência, porque se responde muito melhor à vacina antes dos 15 anos de idade, e, assim, se evita também já ter entrado em contato com o vírus.
Nas recomendações das fichas técnicas das vacinas o limite máximo de idade para a vacinação é definido entre 25 e 26 anos. Isto se deve ao fato de que ensaios clínicos publicados até à data têm sido feitos apenas nesta faixa de idade, mas estudos em curso sugerem que a vacina é segura e eficaz, de acordo com as circunstâncias, até os 45 - 55 anos. No momento não é recomendado vacinar os homens, já que não existem dados suficientes sobre a sua eficácia.
Leia também: "Saiba Mais Sobre a Citologia Cervical ou Papanicolau".
Recomendações Quando se tem HPV: É frequente que o vírus do papiloma humano permaneça em estado dormente e se reative, inclusive, anos mais tarde (dez ou quinze) de ter sido infectado. Isso explica por que muitas vezes é detectado em mulheres com mais de 40 anos que têm mantido um relacionamento monogâmico durante muito tempo.
Na presença do vírus, se atua de modo distinto de acordo com a gravidade:
Se aparecem verrugas genitais. Os vírus mais comuns do HPV (6 e 11) com frequência causam verrugas genitais, que raramente podem causar problemas. Saem em forma de pequenas “grãos” individuais ou em grupo na vulva, vagina ou ânus. Às vezes, desaparecem sem necessidade de tratamento, mas também podem permanecer e ir aumentando de tamanho. O ginecologista as eliminará vaporizando-as com laser, queimando-as, através da crioterapia (aplicação de frio) ou seguindo um tratamento tópico. Uma vez eliminadas o especialista determinará a periodicidade do seu controle.
Se suspeitar de um câncer de colo do útero. O HPV dos tipos 16 e 18, os menos frequentes em países ocidentais, podem derivar em um tumor maligno. Apenas no caso em que existe a suspeita de um possível câncer (e se não for feita uma citologia na época) o ginecologista agendará uma colposcopia, um exame do colo do útero através de uma espécie de lupa e uma biópsia da área.
É verdade que, em alguns casos, o HPV pode causar um câncer do colo do útero, mas, felizmente, esse tipo de câncer é curável, se detectado precocemente.
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