A alexitimia é o distúrbio neuropsicológico que consiste na incapacidade de uma pessoa para identificar as próprias emoções e a impossibilidade de expressá-los verbalmente. Essa condição afeta mais os homens, já que se estima que existam dezenas de homens alexitímicos para cada duas mulheres com esse problema.
Os indivíduos alexitímicos não têm uma avaliação justa da experiência emocional, já que em vez de mostrar uma atividade cerebral adaptada para a intensidade emotiva de uma situação, mostram uma atividade muito fraca ou muito forte.
Embora a princípio sejam identificados como alexitímicos aqueles pacientes que sofreram distúrbios psicossomáticos, com o passar do tempo tem se relacionado este distúrbio com a dependência de drogas, distúrbios de comportamento alimentar, transtorno de personalidade anti-social e transtorno por estresse pós-traumático.
É preciso levar em conta que algumas pessoas não expressam suas emoções, devido ao fato de que são reservadas, tímidas ou como resultado da educação recebida, mas isso não significa que não saibam o que sentem ou não sejam capazes de descrever suas emoções quando desejado, como ocorre no caso do alexitímico.
Uma pessoa alexitímica apresenta um padrão de comportamento que pode avisar sobre a presença deste transtorno:
- Tem dificuldade para falar sobre suas emoções, é percebido pelos outros como excessivamente lógico ou pouco sentimental;
- Se surpreende pelas reações emocionais dos outros;
- Raramente tem fantasias;
- Reage levemente diante de expressões artísticas, literárias ou musicais;
- Toma decisões de acordo com os dados, sem levar em conta os sentimentos;
- Sofre ocasionalmente de alterações fisiológicas (palpitações, dor de estômago, mal-estar) sem encontrar explicação.
Embora nem todos os especialistas estejam de acordo, considera-se que podem existir dois tipos de alexitimia: a primária, que seria provocada por uma anormalidade genética, um desenvolvimento biológico inadequado ou uma lesão cerebral. E a secundária, que seria o resultado de influências psicológicas, tais como condicionamento sociocultural ou defesa diante de um trauma.
No caso de alexitimia primária, não seria possível uma recuperação e o tratamento teria como objetivo desenvolver estratégias compensatórias, enquanto que a secundária poderia responder a um tratamento psicológico adequado.