Algumas pessoas evitam comer carne de porco, por que a consideram muito gordurosa e outros temem contrair algum tipo de doença, principalmente triquinose. Pelo contrário, algumas pessoas consideram que é uma boa opção proteica (fornece proteína) que inclusive fornece outros benefícios para a saúde. Descubra os prós e contras deste tipo de carne, cujo consumo em todo o mundo é maior do que outras como a de vaca ou de frango.
Você gosta de costeletas de porco? Adora as linguiças e salsichas feitas de carne de porco? Você é fascinado por bacon? Você sente água na boca um lombo de porco com molho agridoce? E que tal o tradicional leitão ou pernil? Ou o famoso presunto ibérico? Você não está sozinho. Existem muitas pessoas em todo o mundo que gostam de comer carne de porco. Mas provavelmente você já ouviu algumas versões que colocam a reputação desta carne em questão, especialmente quando se fala sobre os efeitos que tem na saúde.
E ainda existem diversos prejuízos relacionados a comer carne de porco, apesar de ser a de maior consumo em nível mundial. De fato, em lugares como a Alemanha, a Holanda e os Países Baixos chegam aos 60 quilos por ano per capita (por pessoa) e nos Estados Unidos (que é o principal produtor e exportador do mundo) o consumo anual per capita é de 25 quilos.
Os principais mitos e medos em torno desta saborosa comida são que fornece um alto teor de gorduras e colesterol para a dieta e que pode transmitir doenças aos seres humanos, como a triquinose. Mas isso não é assim. Pelo contrário, o porco pode ser uma importante fonte nutricional que proporciona proteínas ao organismo e é tão saudável como outras carnes, sejam vermelhas ou brancas.
No que diz respeito às gorduras, é preciso considerar que os métodos de reprodução e conservação destes animais têm variado ao longo do tempo e se conseguiu reduzir o valor calórico da sua carne. Além disso, comprovou-se que alguns cortes específicos desses animais fornecem menos colesterol do que as carnes vermelhas: as peças mais magras fornecem entre 60 e 80 miligramas por cada 100 gramas, uma quantidade inferior do que as carnes de cordeiro ou vaca.
Este último ocorre porque a carne de porco é rica em gordura monoinsaturada, um tipo de ácido oleico característico do azeite de oliva, cujo consumo contribui para reduzir os níveis de colesterol total no sangue, a expensas do chamado colesterol ruim ou LDL e aumentar os níveis do chamado colesterol bom ou HDL.
Assim, junto com as aves sem pele ou o coelho, a carne de porco é uma boa alternativa para o consumo de carne que não implica um consumo elevado de gordura nem incide negativamente nos níveis de colesterol no sangue.
Mas cuidado! Isto não se aplica para os embutidos preparados a base de carne de porco, como presunto, linguiças e patês, que sim são ricos em colesterol e em gorduras saturadas.
Quanto à triquinose, embora a carne de porco seja a principal fonte de propagação desta doença, na verdade, este parasita também pode ser transmitido para as pessoas através de outros tipos de carnes.
Para evitar o contágio da triquinose ou outras doenças, a recomendação é comer carne de porco cozida e conservada, para eliminar os parasitas e as bactérias.
Outros organismos que podem ser encontrados na carne de porco (assim como também outras carnes e aves) são a Escherichia coli (E. Coli), Salmonella, Staphylococcus aureus (estafilococos) e Listeria monocytogenes.
A boa notícia é que todos estes são destruídos mediante a manipulação adequada e o cozimento cuidadoso (ou seja, que esteja bem cozida), até alcançar uma temperatura interna de 71,11°C.
Por outro lado, quando comprar carne de porco, procure cortes que tenham pouca gordura no exterior e que apresentem uma carne firme de cor cinza-rosada. Para torná-la mais saborosa e que seja mais macia esta deve conter uma pequena proporção de gordura marmorizada na carne.
Em seguida, escolha a sua receita favorita e esqueça todos os mitos em torno da carne de porco, porque se for um corte magro, pode proporcionar vários benefícios nutricionais.