Você é um bebedor social? Alcoólatra? Intermediário?
Entre o consumo moderado de álcool: que pode inclusive proporcionar benefícios para a saúde – e a dependência do mesmo com todas as suas consequências negativas, existe um amplo espaço que acomoda os padrões de comportamento e hábitos pouco saudáveis que estão gradualmente aproximando a pessoa cada vez mais do alcoolismo. Isso pode acontecer a um membro da família, um amigo ou você mesmo (a) e é importante identificar os sinais de alerta a tempo para se libertar do perigo.
Os sinais estão lá, mas a pessoa não pode ou não quer perceber. "No geral, que diferença faz mais um copo", "O álcool não me domina", "Eu bebo para acalmar os nervos", são algumas das justificativas ou razões mais comuns com as quais tenta explicar uma mudança de atitude cada vez mais evidente. Já não se trata de beber em um ambiente social ou um copo de vinho durante o jantar. Por algum tempo bebendo sozinho, talvez às escondidas e sua personalidade e relações com os outros tem mudado. Sem chegar ao extremo da total dependência de um alcoólatra, quase o é e cada dia mais.
Não é fácil reconhecer que algo está errado, mas é absolutamente necessário para resolver qualquer problema ou situação crítica. Felizmente, existem sinais que identificam o "quase alcoólatra". Mais do que a quantidade de copos (já que a reação física de cada indivíduo quando bebe é diferente), e talvez varie um pouco dependendo do tipo de bebida alcoólica consumida (uísque, vodca, vinho ou cerveja), a diferença realmente é determinada por seus hábitos em relação ao álcool.
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Entre os sinais que indicam que existe um problema potencial com o álcool se encontram os seguintes:
1. Mudanças nos hábitos em relação à bebida. Bebe-se mais do que o habitual ou se sente a necessidade de beber que não se experimentava antes. Quando se bebe em um contexto social, com os amigos, por exemplo, se desfruta mais da bebida do que da companhia ou conversa.
2. A pessoa continua bebendo apesar das consequências negativas em sua vida diária, tanto a nível pessoal como no trabalho. As mudanças em seu estado de ânimo afetam as relações familiares, enquanto que as ressacas e dores de cabeça podem afetar o desempenho do trabalho, o que gera mais estresse e mais necessidade de consumir álcool. Apenas uma única bebida à noite também pode afetar os padrões de sono, o que pode afetar o comportamento, o apetite e em longo prazo a saúde em geral.
3. Espera-se ansioso a próxima oportunidade para beber ou realiza mudanças no cronograma para acomodar a possibilidade de tomar uma bebida. Desejar tomar uma bebida não é ruim, se é algo que nos agrada e nos faz sentir bem, especialmente na companhia dos amigos ou em celebrações especiais. Mas planejar a bebida e esperá-la com ansiedade pode ser um sinal importante de que a relação com álcool está caminhando para a dependência.
4. A bebida é usada para combater o tédio, aliviar a ansiedade e outros sentimentos negativos. Tomar uma bebida de vez em quando para superar um dia ruim, não é o mesmo que utilizar a bebida como a única estratégia, ou usá-la com muita frequência para liberar o estresse, aliviar a ansiedade ou superar o tédio. A chama de alerta? Quando a primeira coisa que vem à mente quando a pessoa se sente triste, nervosa ou sob estresse é: "Eu preciso de uma bebida".
5. A relação com os outros começa a ser afetada. A relação com os familiares e/ou amigos muda, inicialmente estas mudanças podem ser sutis, mas tendem a piorar com o tempo. O álcool pode ser responsável pela falta de paciência com o cônjuge ou filhos, a razão pela qual lhes dedica menos tempo e atenção, por que a pessoa se ausenta de eventos familiares ou se retira para se esconder sozinho, devido à necessidade de beber.
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Você consegue se identificar com qualquer um destes sinais? Se for assim, parabenize-se porque é necessário muita coragem para admitir que você é um "quase alcoólatra". Esse é o primeiro passo. O segundo é ir mudando pouco a pouco esses hábitos destrutivos e superar a dependência. Para conseguir isso, você pode seguir os seguintes passos:
1. Tente reduzir a quantidade de álcool que você consome ao limite recomendado: um copo diário para as mulheres ou dois para os homens.
2. Durante as reuniões sociais nas quais se consome álcool, beba com responsabilidade, e coloque um limite razoável.
3. Mude sua rotina. Em vez de tomar uma bebida assistindo televisão, saia para uma caminhada ou dedique-se a outra atividade que te entusiasme ou estimule, como praticar um esporte ou um hobby.
4. Aprenda novas maneiras de combater o estresse. Visite regularmente uma academia, pratique yoga ou ouça música relaxante.
5. Não tente fazer isso sozinho (a). Se você se sentir para baixo (a), confie em seu parceiro, seus pais, sua família ou um guia religioso que possa te aconselhar e apoiar sem julgar.
6. Se você não pode renunciar ao álcool, e não basta a sua determinação ou ajuda do seu ambiente familiar, busque apoio profissional. Seu médico pode recomendar organizações comunitárias ou especializadas como os Alcoólicos Anônimos que podem fornecer orientação e uma abordagem estruturada para que você possa conseguir deixar o álcool com sucesso.
Não permita que o álcool arruíne a sua vida, seus relacionamentos afetivos ou o seu trabalho. Ou que arruíne a vida de um ente querido ou daquele amigo querido. Uma vez identificado o problema, faça uma mudança e procure ajuda, se necessário.
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